Ouvimos muito que participar de leilão não é seguro, que apenas os especialistas participam, que é uma modalidade para os ricos ou que há um clima de tensão que pode tornar a negociação comprometida. Se essas ideias também perpassam sua cabeça, esse artigo foi feito para você.
Para começar, saiba que o leilão pode ser uma modalidade de compra e venda de imóveis muito segura e, inclusive, já contamos aqui como identificar sites de falsos leiloeiros. Comprar através de um leilão é seguro, mas é preciso ficar atento às dicas ou contar com o apoio de profissionais que possam facilitar o seu caminho.
Se você está disposto a comprar imóveis através dessa modalidade, acompanhe a seguir os principais mitos sobre os leilões.
Preciso fazer o pagamento do imóvel à vista
A legislação garante o pagamento de 25% do valor do lance como pagamento do sinal e, também, o número máximo de parcelas, que está fixado a 30 prestações. Além disso, a lei determina que a conta da venda dos leilões será fornecida até cinco dias úteis depois da realização dos pregões ou assinatura da escritura de venda, e o seu pagamento efetuado em até 5 dias.
Reforçando: atenção aos dados de pagamento e notas fiscais que não estão no nome da empresa. O pagamento nunca deve ser realizado antes do leilão acontecer e nenhuma venda é feita sem disputa e arremate. Toda negociação só deve acontecer durante um pregão, os bens não podem ser negociados fora do leilão e nem podem ser feitas transferências de taxas, comissões ou arrematações para contas de terceiros, a conta deve estar sempre em nome do leiloeiro oficial.
Vou arcar com as dívidas do financiamento do imóvel
Dívidas com o financiamento do imóvel não são de responsabilidade do comprador, uma vez que a arrematação extingue a hipoteca. Vale o interessado na arrematação verificar se o credor hipotecário, no caso o banco, foi devidamente intimado do leilão, pois ele tem direito de preferência.
Reforçando: imóveis em leilão podem vir com outras dívidas além da hipoteca, como multas, taxa de condomínio atrasado, IPTU ou outros impostos. No edital devem constar esses débitos, pois, diferente da hipoteca, caberá ao comprador assumi-los.
Vou pagar a mesma coisa que pagaria se fechasse através da imobiliária
Se os valores dos imóveis oferecidos em leilão fossem os mesmos do mercado, comercializados pelas imobiliárias, provavelmente não haveria leilões ou eles não teriam o sucesso que têm, nem estariam crescendo tanto. É exatamente o preço mais baixo o maior atrativo dessa modalidade de negócio.
Reforçando: importante conhecer o mercado imobiliário da região do imóvel que se pretende arrematar, só assim você vai saber se o valor está valendo a pena.
Terei problemas para desocupar o imóvel arrematado
Nem todos os imóveis que vão para leilão estão ocupados. Aqueles que precisam ser desocupados podem ter acordos amigáveis com o ocupante. Em muitos casos a pessoa que tem a posse não está disposta a permanecer nele após a transferência de propriedade. É interessante emitir uma notificação extrajudicial solicitando a desocupação.
Em último caso, se o ocupante não quiser liberar o imóvel, será necessário entrar com uma ação de imissão na posse ou uma ação reivindicatória, através de um advogado. Seja qual for o caminho, imóvel arrematado em leilão é garantido.
Reforçando: imóveis ocupados que precisam ser resolvidos por via judicial podem demorar de 2 a 3 anos para ter a posse, porém é preciso ter o registro de propriedade para solicitar desocupação, pois a carta de arrematação não é garantia de propriedade.
Vou ter prejuízos com o imóvel comprado por leilão
O prejuízo no arremate de um imóvel pode acontecer quando o interessado não se prepara corretamente para a negociação ou quando não investiga se a operadora de leilão é idônea. Se preparar para participar de um pregão é conhecer o imóvel que se deseja arrematar, estudar sua matrícula, conhecer o bairro, o seu valor de mercado, ler bem o edital com as dívidas que serão responsabilidade do comprador e conhecer as condições do imóvel.
Reforçando: todo leilão é regulamentado por um edital, em que é descrito tudo o que o comprador precisa saber sobre aquele bem, conferindo segurança e legalidade ao trâmite e permitindo que se saiba exatamente o que está comprando.
Não precisa ser nenhum especialista para participar de um leilão. Essa é uma modalidade democrática e acessível, inclusive porque existem muitas operadoras idôneas comercializando através da internet.
Os leilões também possibilitam que o arremate seja feito por mais de um comprador, sendo registrado em nome daqueles que arremataram, tornando-os coproprietários e aumentando o poder de compra. Essa é uma estratégia usada por quem está começando nessa modalidade, ou para quem está construindo seu capital.
O acompanhamento profissional é uma alternativa para aqueles que ainda estão inseguros. Eles vão analisar não somente os procedimentos da operadora de leilão, mas também todos os documentos do imóvel, entender se há possibilidade de o proprietário pagar as dívidas durante o processo, se há ações judiciais contra a execução do leilão e calcular as possíveis despesas envolvidas no processo.
Conte com WeMind, nosso objetivo é que a sua arrematação seja sempre segura e lucrativa.